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ERASMUS | 5 Coisas Incríveis, 3 Coisas Não-Tão-Incríveis

         Como em tudo na vida, há sempre virtudes e fraquezas, esta etapa e aventura não é exceção. Por isso, e também para memória futura, decidi listar algumas das adversidades que tenho encontrado no meu dia-a-dia mas também de tudo aquilo que me faz sentir imensamente grata todos os dias.

ASPECTOS INCRÍVEIS

A CIDADE | Uma das minhas maiores surpresas, não tinham noção que ia gostar tanto de Pádua como tenho gostado. Adoro viver aqui. Para além de ser uma cidade de estudantes, é muito pequena - em vinte minutos meto-me na outra ponta da cidade de bicicleta -, há sempre imensas coisas para fazer e não é overwhelming como uma qualquer capital europeia. Tem a calma que eu preciso mas também o alvoroço que me enche as medidas. É perto de imensos sítios estupendos - meia hora de Veneza, uma hora de Verona e Bolonha. É uma cidade que transpira história e, apesar de não ser a cidade italiana mais bonita que existe, é fascinante e acredito que acertei em cheio.

A BICILETA | Pádua ou se faz a pé ou de bicicleta, os carros só andam fora do centro histórico e eu tenho adorado percorrer as arcadas da cidade em duas rodas. O sentimento de liberdade e de não ter de esperar por transportes é estupenda e toda a cidade está adaptada para tal. Até já pensei levar este hábito para lisboa porem a) existe o obstáculo rio tejo b) existem as colinas lisboetas. Só tem um lado mau: passo muito frio.

IMERSÃO NUMA CULTURA DIFERENTE | que é tão diferente de viajar durante um curto período de tempo. Começamos a perceber os hábitos, as formas de falar e de expressar. Somos inundados pelas suas tradições e por coisas que para eles são tão banais mas que para nós são novidade. É uma experiência extraordinária perceber como culturas tão parecidas mas ao mesmo tempo tão diferentes fazem o seu quotidiano, se comportam e experienciam a realidade. É uma assimilação estupenda, tal como tem acontecido pela língua italiana. Tenho aprendido por assimilação e tem sido muito interessante e divertido.

VIAGENS | Quem seria eu..! Tenho viajado muito - o que não quer dizer que não estude e que não vá às aulas - e tem sido das coisas mais brutais desta aventura. A facilidade de deslocação, a predisposição de toda a gente para a aventura e para ideias malucas faz com que as viagens sejam uma constante. Tem sido deslumbrante desbravar Itália, conhecer tantas regiões e pontos diferentes, enfim, viver um sonho.

AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE | Nunca tinha vivido sozinha antes e não dividir lidas domésticas com a família foi estranhamente mais simples do que esperava. Tenho adorado a responsabilidade que viver sozinha implica, tenho adorado planear refeições, gerir dinheiros e overall tomar conta de mim. A transição foi muito natural e tenho adorado o "não ter de dar justificações", ter os meus timings e fazer tudo à minha maneira. Além disso, sinto-me muito mais auto-confiante.


ASPECTOS NÃO TÃO INCRÍVEIS

AS SAUDADES | Simples assim, nunca estive tanto tempo longe da minha família e custa, mesmo com chamadas telefónicas e em vídeo. Por vezes precisamos só de um abracinho ou de um prato de comida da mãe. Sinto falta dos amigos de sempre, do meu namorado, do meu cão e pior, são vocais no quanto sentem a minha falta. Aí sim, custa. Faz parte e já sabia que seria assim, mas não deixa de ser difícil.

FOMO | anexado às saudades vem o fear of missing out. Estou a viver uma realidade paralela, o que deixei lá continua a acontecer sem mim, tal como deve ser. Mas sinto que estou a perder imensos acontecimentos, fases e etapas mas faz parte, sinto-me imensamente grata por estar aqui e já sabia que seria assim. Mas não posso negar que custa perder os últimos apadrinhamentos, o primeiro espetáculo depois das quarentenas, as promessas dos miúdos, o regresso dos churrascos e dos jantares de curso, a apanha das castanhas na aldeia da minha avó, entre tantos outros. Porém sei que o Erasmus é finito e que vou sentir falta disto eternamente, tendo obviamente de aproveitar cada segundo e que tudo o resto há de voltar.

BUROCRACIA | Sinto que TUDO, até uma simples ida à biblioteca da faculdade é uma confusão e imensidão de processos, registos, scans, papelada, entre outros. É muito chato e já percebi que é cultural e generalizado em Itália. Não é um downside tão "forte" como os outros mas sei dúvida que é aborrecido e escusado.

1 comentário:

  1. Apesar de tudo, espero que aproveites esta etapa da tua vida da melhor forma ainda que com saudades do que cá deixaste. O tempo passa depressa, vais ver!
    Felicidades e um beijinho grande! :)

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Obrigada por leres!

 
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