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FACULDADE | 2º ano, 2º Semestre

        Um semestre quase todo ele remoto, na minha secretária e no meu computador. Tenho muito boas condições de trabalho, fui muito exigente comigo e fiz do estudo um escape mental durante o confinamento - o que me fez alcançar muito bons resultados. Foi um semestre interessante e que me fez perceber aquilo que adorava explorar no futuro, e foi tão bom chegar a essa conclusão!

Publicidade | Das minhas cadeiras prediletas do curso inteiro, é da vertente de Comunicação Estratégica, e é dada totalmente em inglês. Abordámos a psicologia no seio da publicidade, analisámos anúncios, as melhores formas de comunicar com um dado target, analisámos em conjunto inúmeras campanhas, falámos de emoções, de humor e até podíamos enviar anúncios que gostássemos para analisar em aula, também. Esta foi a componente teórica, que foi metade do semestre. Passando à prática, tivemos uma profissional da área a dar-nos aulas sobre o processo criativo, marcas e toda a metodologia e, em grupos, recebemos um briefing de uma marca e tivemos de o trabalhar ao nível do conceito, da criatividade e da campanha. Calhou-nos a empresa Pfizer com um briefing real - que já tinha sido resolvido, onde tínhamos de comunicar sobre a resistência aos antibióticos - houve quem tivesse de trabalhar o Um Bongo ou até a Vulcano! No dia da apresentação fomos não só avaliados pelos docentes como por membros da equipa de marketing da marca e foi brutal ter o feedback deles. Adorei esta cadeira com todo o meu coração e apaixonei-me por todo o processo, além disso, passei a ver a beleza da publicidade e já não mudo de canal assim que começam, agora aprecio o trabalho de meses que é colocado em meros segundos.

História dos Fascismos | Esta cadeira não é do meu curso mas decidi fazer como opção livre para alimentar o meu bichinho curioso. Tinha também uma componente teórica - dada por um professor ex-preso político durante o Estado Novo - e a componente prática - onde analisámos documentos, vimos filmes e fotografias, imaginámos como seria viver naquele paradigma, entre tantos outros. Fomos dos antecedentes históricos, ao surgimento dos primeiros fascismos e, além do típico alemão e italiano, debruçámo-nos também sobre outros países como é o caso da Espanha - que adorei aprender! Falámos do Estado Novo também e, por fim, discutimos os desafios que temos hoje em dia. A avaliação foi feita através de uma frequência, um trabalho de pesquisa e uma vídeo-apresentação. Achei imensamente interessante e alimentou a minha curiosidade mas também me fez chegar à conclusão que gosto imenso de história mas que não seria capaz de a estudar a tempo inteiro.

Direito e Deontologia da Comunicação | Voltando a Ciências da Comunicação, esta é uma cadeira obrigatória mas achei muito mais essencial para quem quer prosseguir jornalismo, no entanto foi interessante debruçar-nos sobre o Código Deontológico dos Jornalistas, a Constituição e outros documentos, saber como usá-los para resolver casos-práticos e conhecer a sua história e propósito. Creio que as aulas podiam ter sido muito melhor aproveitadas e gostava imenso que tivéssemos abordado algo mais próximo do marketing e da publicidade. A avaliação foi feita somente através de uma frequência -  e não correu lá muito bem.

Teoria Política | Outra cadeira obrigatória mas que senti que não tem nexo nenhum existir no currículo do curso. Não tem nada a ver com a área, nem sequer lhe chega perto, é confuso, cronologicamente descompensado e faria muito mais sentido ter algo como comunicação política, jornalismo e democracia, algo deste género. Não me deu ferramentas nenhumas, apesar de ter aprendido algumas curiosidades aleatórias interessantes, e sinto que está simplesmente a ocupar espaço no currículo. Acabei com boa nota mas não senti grande entusiasmo em frequentar as aulas.

Retorica e Argumentação | Filosofia de 11º ano voltou, foi esta a minha reação ao ver o programa. A verdade é que abordamos silogismos, lógica e falácias, o ethos, pathos e logos voltou a fazer parte do nosso vocabulário. Tudo isto para abordar mecanismos e técnicas retóricas presentes na argumentação. Em consequência, foram inúmeros os discursos analisados segundo todas estas temáticas. Foi muito interessante mas sentido que a teoria era facílima e que a prática não era tão simples assim. Realizámos uma frequência e um trabalho extenso sobre um discurso à escolha e, no final de tudo, achei uma cadeira imensamente útil em diversos sentidos.

1 comentário:

Obrigada por leres!

 
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