E ao septuagésimo quarto dia do primeiro mês do ano vos escrevo esta reflexão. Um ano que começou em casa jogar jogos em família, com um bonito brinde e os únicos abraços que se podem dar. Foi diferente mas igualmente feliz. Janeiro foi um mês calmo na minha vida, sem grandes planos nem objetivos, o que foi ajudado pelo confinamento em que estamos. Felizmente, não fui afetada diretamente pela pandemia, seja a nível de rendimentos familiares ou sequer de doença, tenho imensa sorte de me poder resguardar em casa, sinto-me imensamente grata por isso.
Foi também um mês muito marcado politicamente: fiz maratona de todos os debates televisivos, tratei de me informar o melhor que pude e fui votar no Presidente da Republica que mais me representava. Para além disso, vieram à tona assuntos, desinformação e ódio que me amedrontaram, de verdade. E não foi pouco. Para além disto, presenciámos momentos que ficarão para a história da humanidade.
Logo no início do mês tomei a decisão de desistir da minha mobilidade Erasmus - para onde ia dentro de um mês - e espero, de coração, poder algum dia concretizar este sonho. Assim, conclui também o primeiro semestre do segundo ano da licenciatura e ainda me inscrevi nas Unidades Curriculares do semestre vindouro. Maratonei The Crown, li, tricotei e desenhei uma história para um projeto do CNE. Foi um mês numericamente assustador e foi altura de regressar a casa - in fact, comecei a confinar voluntariamente uma semana antes do anunciado. Voltar àquilo de que não tinha saudades, a expectativa inexistente, as videochamadas, o vazio, o medo.
Foi um mês de "médios" e baixo, sem grandes altos, felicidade extrema ou emoção. Mas é assim, é o que temos e é para cumprir. Passar o tempo, acreditar em dias melhores e aproveitar as pequenas coisas da vida e também as mais fulcrais. Sinto falta de ir às aulas, de abraçar o Daniel e de simplesmente conviver com os meus amigos. Muita coragem para os tempos - que não serão nada fáceis - que se avizinham. Sejam felizes, cuidem-se e cuidem dos vossos.
Agora tem que ser assim mesmo, temos todos que fazer esse esforço, para que tudo possa correr bem.
ResponderEliminarJá estou a seguir o Blogue, beijinhos
Acho que Janeiro acabou mesmo por ser aquele mês meio nhac, uma pessoa já sabia que provavelmente voltaríamos a confinar, mas não estávamos prontos. Ainda assim, é o melhor a fazer e é um esforço que nos ajudará posteriormente. Esperança <3
ResponderEliminarUm beijinho querida