Este foi o ano em que passei a comprar mais online mas também a vender mais. Comecei a ter outra visão sobre o fast fashion e todas as suas consequências, sejam elas ética, sociais ou ambientais, que são todas causas que me preocupam. Isto foi o que mais me impulsionou a comprar em segunda mão e, posteriormente, a vender. Hoje, falar-vos-ei daquilo que aprendi e aconselho dentro do assunto. Aqui, como sempre, não há verdades absolutas e estamos aqui para partilhar experiências e aprender uns com os outros!
Comprar
A minha jornada na segunda mão começou nas lojas físicas, nas Humanas e nas Outras Faces da Lua desta vida. Não tive muito jeito para procurar e arranjar pechinchas tanto que desde que comecei a prestar mais atenção somente consegui um casacão de inverno a 3€, o que é incrível - a Humana tem alturas em que tem tudo a 1, 3 ou 5€, é procurar! Não foi uma jornada muito feliz dado que comprar em segunda mão é complicado, são peças únicas, tamanhos únicos, cortes únicos. É muito difícil e por essa razão não adorei as lojas em segunda mão físicas mas quero explorar mais, adorava também frequentar feirinhas!
Mas, as we all know, a internet é maravilhosa e se há algo que está na moda são limpezas ao closet e pessoal que se quer livrar da roupa que já não usa. Comecei a seguir páginas, lojas em segunda mão e percebi que tinha muito mais escolha, era simples de visualizar os artigos e dá para regatear os preços - quando achamos justo fazê-lo. Comecei a seguir algumas lojas com as quais me identificava e percebi que a roupa me servia dado que a modelo tinha um corpo semelhante ao meu ou então tinha artigos de referencia e comecei a aventurar-me. Aconselho a pesquisarem no instagram, em grupos de facebook (como o comunidade estrela thrifts, onde podem tanto procurar por um dado artigo como vender) e, principalmente, no Facebook Marketplace. Aconselho a que vejam feedback anterior do vendedor, se houver, procurar mais preços do mesmo artigo e jogar sempre pelo seguro. Nunca comprei calças ou casacos em segunda mão por exemplo, aposto sempre nos tops e camisolas, por segurança. Por questões minhas não tenho tendência a equacionar comprar bijuteria ou swimwear em segunda mão, mas vai de cada um.
Roupa adquirida em segunda mão: 1ª foto - blusa; 2ª foto - blusa; 3ª foto - jardineira |
Algumas páginas de onde já comprei e aconselho: @estrelavintage @catarinaclosetx @shopmyclothesssst; Páginas que estou atenta e me interessam mas nunca comprei: @kinema.pt @boynow.orcrylater @new_old_closet @nescpcloset @savycloset @cabreracloset
A moda é cíclica e, aquilo que se usa hoje, a minha mãe usou nos seus tempos de estudante e, por isso, ela dá-me imensas peças que já não lhe servem ou que já não fazem o estilo dela. Muitas vezes são peças de excelente qualidade e com muita história e eu adoro arranjar coisinhas em "segunda mão" do armário da minha mãe. Não é uma compra em segunda mão, mas é um aproveitamento. Por vezes também "roubo" peças do meu irmão ou do meu pai para um estilo mais descontraído e baggy.
Peças que eram da minha mãe: 1ª foto - camisola e saia; 2ª foto - top; 3ª foto - calças |
Vender
Desde o ano passado que comecei a vender os meus livros escolares a um preço simbólico já para poupar para futuros sonhos, mais recentemente comecei a aventurar-me e a vender outros artigos: livros comuns, acessórios e roupa em bom estado que mereciam uma segunda oportunidade. Não, não criei uma página de instagram, optei sim por vender em plataformas digitais: a trade stories para livros de todo o tipo, o OLX para livros escolares, livros comuns e tecnologia, o facebook marketplace e grupos para roupa e acessórios.
Se pretendem vender algo, verifiquem o seu estado e sejam explícitos e honestos, tal como gostavam que fossem convosco. Identifiquem a marca original, tamanho, preço, se inclui ou não os portes de envio. Sejam claros e concisos na informação que passam e sejam sempre o mais simpáticos e apreensivos possível. Se optarem por fazer entregas em mão, não vão sozinhos, só por precaução.
Numa nota final, não deixei de comprar em fast fashion, mas passei sim a fazer compras mais conscientes e com perspetiva de futuro (muito inspirada pela Mariana Soares Branco e pela Catarina Barreiros). Reduzi as idas às lojas, passei a estar mais atenta e a procurar online aquilo que realmente me faz falta e também a conhecer as marcas mais a fundo, sobretudo quanto à sua responsabilidade ética e ambiental. A oferta é imensa, seja no vestuário, nos livros ou na tecnologia. É estar atento às red flags, ser consciente e cuidadoso e ter os cuidados de higiene necessários. É uma boa oportunidade para darem uma nova vida a uma peça que já não vos preenche ou para darem vida a uma peça do armário de alguém, de forma mais ecológica, ética e responsável. Quero também incentivar também à doação de roupa, sempre o fiz desde pequena e hoje em dia seleciono aquilo que está bom e vale a pena vender a um preço simbólico para me ajudar a poupar para os meus sonhos e aquilo que está em condições de ser doado a alguém. E aí desse lado, alguma experiência, dica ou truque a partilhar?
Eu gostava imenso de experimentar as compras online, mas eu adoro ver como me fica a roupa ante, até porque acontece-me muitas vezes gostar de uma peça mas não gostar de me ver com ela --'
ResponderEliminarPorém, tenho noção de que se encontram coisas mesmo baratinhas e tão bonitas. Um dia arrisco!
Quanto às peças em segunda mão, "roubo" imensa roupa dos tempos de adolescência da minha mãe também, as minhas camisolas mais quentinhas foram quase todas tiradas do baú dela eheh e encontro cada coisa mais linda e tão a minha cara!!!
Também tenho tentado comprar cada vez menos e fazer compras que durem e não compras por impulso que vão acabar perdidas no armário.
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