2020 | Julho

Finalmente Julho findou, ufa! Foi cada desilusão, cada idiotice e cada falha que precisava da frescura do primeiro dia de um mês diferente. Nada muda mas dá sempre aquela sensação de um novo começo que eu tanto precisava. Não vou mentir, Julho foi duro e foram vários os murros no estômago mas estou aqui não só para equacionar tudo o que aconteceu de mau mas também para imortalizar tantas coisas boas que aconteceram no sétimo mês do ano. É uma questão de foco.

Em Julho voltei aos treinos e foi um misto de emoções, por um lado, voltámos ao nosso praticável e ao nosso pavilhão, por outro, treinar de máscara custa e o contacto físico inexistente veio estragar os desportos colectivos. Este mês visitei os meus avós, namorei e ainda revi os meus amigos, fiz um bikini com a minha mãe, participei no meu primeiro conselho de agrupamento e fechámos o ciclo deste ano escutista. Foi um mês de decisões e de partidas mas também de voltar à estaca zero. No entanto, vi o meu irmão tornar-se mestre em Engenharia Informática e a entrar no mercado de trabalho, ajudei a Gabi a criar o blogue dela - que podem ler aqui! - e festejei os 28 anos de casados dos meus pais no sushi, as we deserved.

Julho costuma ser pautado pelas férias no Algarve e pelas saídas aqui e ali, as noites a acampar e as despedidas. Este ano foi diferente mas pude passear pela Arrábida, por Tróia e pela Comporta com direito a mergulhos em águas cristalinas, comida deliciosa e uma picada de um peixe-aranha. Julho foi de trovoadas estivais, de self photoshoots, de mergulhos saborosos e do cheiro a protector solar mas também de álcool em gel. Recebi miminhos pensados ao pormenor e totalmente a minha cara, apoiei os meus amigos aflitos com os exames nacionais, tive o privilégio de nadar debaixo das estrelas e ainda de festejar o primeiro aniversário do Light!

Julho serviu para, apesar de todo o mal, de todos os objectivos não concretizados, de toda a maldade humana, ver o lado solarengo da vida, por vezes tão difícil de observar. Há que compreender o mau e utilizá-lo como lição e rampa de lançamento para sermos, a cada dia, pessoas melhores e mais íntegras. E há que agradecer a todos aqueles que são amparo e ombro para chorar, e eu sinto-me muito grata pelas minhas pessoas. Julho foi cada tiro cada melro, mas dias melhores virão. Que Agosto seja incrível, preenchido e cheio de coisas boas!