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MADEIRA, PORTUGAL | Do Pico do Areeiro ao Pico Ruivo

   Os dois pontos mais altos da ilha distam sete quilómetros entre si. São cerca de três a quatro horas a andar e, apesar de nos sair do pêlo, não há nada como chegar ao topo de uma montanha, ir até onde os carros não chegam, nem a maioria dos seres humanos se arriscam a isso. Essa é a magia da montanha, das caminhadas e da aventura. Estava especialmente entusiasmada por este percurso, todas as fotografias mais incríveis que vi do arquipélago eram aqui, a ideia de conquistar montanhas e de me sentar no marco geodésico e não haver mais alto por onde ir fazem me o sangue ferver. É muito especial estar à altura das nuvens, longe da civilização. É muito especial o sentimento de superação e conquista.

   Começa a 1810 metros de altitude no Pico do Areeiro e o percurso é belíssimo, não fosse este na crista da ilha, há partes em que há precipício tanto de um lado como do outro e em dias descobertos dá para ver o Atlântico que rodeia a Madeira. Existem miradouros e grutas pelo caminho e uma imensidão de escadas - sim, os joelhos vão chorar - tanto para subir como para descer. O percurso está escavado na escarpa e está todo indicado, existem protecções e corrimões, apesar de em alguns sítios se encontrar degradado. Existem miradouros e, se tiverem sorte, cascatas! Depois de muitas escadas há espaço para descansar e reabastecer na casa base do Pico ruivo, depois são 500m a subir e estão no topo, a 1862 metros de altitude, é uma sensação indescritível!

   Recomendações da Leonor: levem calçado de montanha - de preferência duas meias para não facilitar o aparecimento de bolhas - roupa confortável, muita água. Comecem bem cedo e protejam-se do sol e do frio - há alturas em que alternam entre a vertente soalheira e vertente umbria do maciço montanhoso, é necessário ter cuidado. Levem lanterna e comida. Não recomendo - de todo - a quem tem vertigens ou problemas nos joelhos/tornozelos.

   Recomendo mil que façam este percurso, vai vos sair do pêlo e trazer dores musculares mas no pain no gain! Para sair de lá há imensos percursos alternativos: para o Curral das Freiras, Pico das Torres, voltar ao Pico do Areeiro (até onde podem ir de carro!) ou até à Encumeada. Este último não recomendo, foi o que eu fiz e não o voltaria a fazer pelo nível de dificuldade. 

   Este foi o meu trajecto preferido na Madeira e voltaria a fazer de novo este percurso cravado na escarpa da montanha. Não há sensação como estar no topo, por muito duro que seja o caminho. Saber que não há mais alto onde ir. Há mesmo maneiras loucas de ser feliz!












3 comentários:

  1. Nunca fui à Madeira, mas adorei as tuas fotos (:
    Ganhaste uma nova seguidora.

    http://arrblogs.blogspot.com/

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  2. que sonho, deve ser incrível!
    tenho sempre medo de não conseguir fazer essas coisas.

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  3. Fui ver o nascer do sol ao Pico do Areeiro e adorei aquilo. Infelizmente não tive oportunidade de fazer este percurso, mas é algo a fazer quando lá voltar, porque adorei tanto conhecer a Madeira que não vejo a hora de voltar, voltar aos sítios incríveis em que estive e conhecer os que ficaram por ver :)
    Beijinho

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Obrigada por leres!

 
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