FACULDADE | O Meu Traçar da Capa

    Num ano normal de Praxe, tínhamos sido enterrados e traçados todos em conjunto por volta de maio, perante toda a situação enveredou-se pelo possível: o online e a autonomia. Não é o que gostávamos mas é o possível. A partir do Enterro podíamos trajar e combinar com os nossos padrinhos para nos traçarem a capa a que horas fossem, onde fosse e eu, pessoalmente, adorei a intimidade do momento, ser só nosso. Trajei pela primeira vez no dia três deste mês e foi muito muito especial mesmo depois de trocas, incertezas e planos cancelados à última da hora.

    Juntámos somente as pessoas mais importantes da faculdade - as necessárias - na casa do Zé para aquele que apelidámos de "o último jantar de curso" porque não tivemos a honra de o proporcionar aos nossos mais velhos, já licenciados, e não sabemos quando voltaremos a ter um. Foi o Leiria que me traçou a capa, juntamente com o Alex e, apesar de ser um momento sério, eles quiseram traçar a sua última afilhada como sempre quiseram: a contar uma história idiota enquanto nos riamos à gargalhada. De doer as bochechas e o diafragma, pessoal a rebolar no chão a rir. Memórias para a vida garantidas. 

    Dia três trajei e tracei a capa pelo meu curso, pela minha faculdade mas sobretudo pela Praxe que tanto me deu e desafiou com a promessa de lhe dar continuidade, como for possível, pela integração das novas caras que chegam àquela que apelidamos de "casa". Despeço-me assim da minha t-shirt mal-cheirosa de caloira para outra etapa ainda mais desafiante de honrar o Traje que envergo, de manter viva a tradição, de trazer os valores ensinados e consolidados aos ombros. Às pessoas mais importantes do meu primeiro ano: a Cat, o Pedro, a Falcão, a MJ, a Madalena, a Jéssica, o Leiria, o Alex, o Zé e o Gui. Obrigada, do coração. CC é amor e será assim eternamente.